A ansiedade é uma emoção humana adaptativa, que todos experienciam em algum momento da sua vida. Traduz-se numa reação fisiológica normal advinda de situações de incerteza, dúvida, perigo ou medo, onde o cérebro desencadeia um mecanismo adaptativo de fuga, luta ou bloqueio. Em geral, a emoção que está na base da ansiedade é o medo e este pode ser muito bloqueador e incapacitante quando em excesso.
Contudo, quando falamos de perturbações de ansiedade, esta manifesta-se devido a uma sobrevalorização de sensações físicas e interpretações catastróficas de sintomas corporais que, por sua vez, intensifica a perceção de falta de controlo, medo e preocupação persistente e avassaladora, originando emoções negativas disfuncionais.
A ansiedade, quando persistente, intensa e duradoura, pode condicionar de forma significativa a sua qualidade de vida, interferindo com situações quotidianas da vida pessoal, familiar, social, académica ou profissional, gerando grande sofrimento psicológico.
É fundamental identificar os estímulos desencadeadores ou gatilhos internos que geram níveis excessivos de ansiedade e abraçar um processo terapêutico de forma a aprender a controlar a ansiedade para que a ansiedade não o controle a si.
Sinais e Sintomas de Perturbação de Ansiedade
- Taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos)
- Tensão muscular e/ou dores musculares e propensão para lesões;
- Fadiga constante;
- Dificuldades em respirar e sensação de falta de ar;
- Contração gástrica (sensação de nó no estômago);
- Suores frios;
- Boca seca;
- Sudorese (transpiração excessiva);
- Vertigens ou tonturas;
- Sensação de temperatura (hipertermia ou “febre emocional”);
- Dormência ou formigueiro, sobretudo nas extremidades do corpo;
- Dores de cabeça frequentes e inexplicáveis;
- Náuseas e/ou vómitos;
- Bexiga hiperativa;
- Alopécia (queda de cabelo, pêlos ou peladas);
- Perda ou aumento de apetite;
- Alterações no sono;
- Alterações no ciclo menstrual.
- Tremores;
- Bloqueio ou paralisação;
- Estado de alerta;
- Irritabilidade;
- Tensão nos maxilares;
- Alterações do tom de voz;
- Hiperatividade motora (ex.: caminhar de um lado para o outro);
- Roer as unhas;
- Diminuição da produtividade e concentração;
- Preocupação excessiva/obsessiva;
- Sensação de perigo permanente;
- Pensamentos negativos intrusivos / pessimismo generalizado;
- Sensação de pânico, aflição, medo ou desconforto persistentes;
- Medo do medo.
- Tremores;
- Bloqueio ou paralisação;
- Estado de alerta;
- Irritabilidade;
- Tensão nos maxilares;
- Alterações do tom de voz;
- Hiperatividade motora;
- Roer as unhas;
- Diminuição da produtividade e concentração;
- Preocupação excessiva/obsessiva;
- Sensação de perigo permanente;
- Pensamentos negativos intrusivos / pessimismo generalizado;
- Sensação de pânico, aflição, medo ou desconforto persistentes;
- Medo do medo.
Quanto mais sintomas apresentar e quanto mais frequentes e intensos forem, mais severa se torna a problemática. Quanto mais precoce for a intervenção, melhor prognóstico se prevê.
Não se deixe aprisionar pelo medo do medo.
Causas e Fatores de Risco da Ansiedade
Nem sempre é fácil para a pessoa que está a sofrer com a ansiedade identificar o motivo ou gatilhos que a originam. Este mal-estar pode ser provocado por estímulos endógenos (internos) ou exógenos (externos).
Os fatores endógenos estão relacionados a questões biológicas, à herança genética ou a alterações hormonais.
Os fatores exógenos estão relacionados às circunstâncias que vão ocorrendo ao longo da vida, como dúvidas existenciais, conflitos relacionais ou familiares, perda, divórcio, possibilidade de desemprego, alterações económicas significativas, acontecimentos de vida inesperados e geradores de grande sofrimento, questões de parentalidade, situações traumáticas, abuso de determinadas substâncias, ambientes de excessiva proteção ou de abuso (físico e/ou emocional).
Qualquer circunstância ou estímulo que altere a rotina quotidiana poderá despoletar preocupação excessiva que, se não controlada, poderá desencadear níveis de ansiedade patológicos.
Tipos de Perturbações de Ansiedade
A palavra de ordem é: medo.
Os ataques de pânico são crises de ansiedade súbitas, delimitadas no tempo, com início, pico (10-20 minutos) e fim.
Estes momentos são de extrema intensidade e descontrolo, com sintomas físicos como tremores, palpitações, suores, tontura, falta de ar e dor no peito. Surgem também pensamentos catastróficos: medo de morrer, de ter um AVC ou ataque cardíaco, medo de enlouquecer.
A pessoa entra num ciclo vicioso de pensamentos e sintomas fisiológicos, intensificando ansiedade e ataques subsequentes.
A palavra de ordem é: fuga rápida.
Medo intenso de ter um ataque de pânico ou sentir-se mal em locais de difícil saída. Evita-se transporte público, locais pequenos, autoestradas, multidões, concertos.
A palavra de ordem é: medo de falhar.
Medo de não estar à altura, associado a perfeccionismo e preocupação com a avaliação alheia, podendo ocorrer em contextos profissionais, pessoais, sexuais e académicos.
A palavra de ordem é: medo da crítica.
Medo ou ansiedade intensa perante situações sociais, com receio de avaliação negativa, embaraço ou observação por outros.
A palavra de ordem é: medo de perder.
Medo ou ansiedade elevada quando antecipa o afastamento de pessoas significativas.
A palavra de ordem é: pavor.
Medo significativo, excessivo ou irracional na presença ou antecipação de uma situação, objeto ou animal.
Tratamento da Ansiedade
Dois tipos de intervenção registam taxas de sucesso significativo:
1. Abordagem farmacológica (nos casos agudos). Uso controlado mediante prescrição médica.
2. Psicoterapia, promovendo estratégias para diminuir e cessar sintomas, com base em modelos cognitivo-comportamentais, hipnoterapia e terapias de terceira geração.
Não se deixe aprisionar pelo medo do medo.
Procure apoio especializado para recuperar o seu equilíbrio e bem-estar.