"O paradoxo curioso é que, quando eu me aceito como sou, então eu mudo." — Carl Rogers
Para que uma verdadeira transformação aconteça, o primeiro passo é a autoconsciência — saber quem somos, o que queremos e o que nos move.
Na verdade, não é possível mudar hábitos sem conhecermos profundamente a nossa essência, que muitas vezes só se revela diante de experiências limite ou situações catalisadoras. Essas experiências confrontam-nos com comportamentos automatizados e emoções que, por vezes, são disfuncionais. E nestes momentos, quantas vezes culpamos os outros ou as circunstâncias? Não é verdade?
A transformação entre “quem sou hoje” e “quem quero ser” exige uma consciência plena de quem somos e um reconhecimento genuíno das nossas emoções.
Pergunta-te:
- O que estou a sentir?
- Porque sinto isto perante esta situação?
Quando tomamos consciência das nossas emoções, conseguimos fazer melhores escolhas, e essas escolhas conduzem-nos a resultados mais conscientes e alinhados com os nossos objetivos.
Como começar uma mudança de hábitos?
Observa e questiona com intenção.
Reflete sobre o teu modo de pensar e agir:
- O que precisas mudar para alcançar os teus objetivos de vida?
- Porque fazes as coisas da forma como fazes?
- O que seria diferente se agisses de forma diferente?
Define o novo hábito com clareza.
Especifica com realismo o hábito que desejas criar. Se fores demasiado vago ou ambicioso, é fácil desistir. Torna-o atingível e mensurável.
Divide em micro-metas.
Caminha por etapas. Pequenos passos com esforço contínuo respeitam o processo natural da mudança.
Mantém o foco.
As distrações são constantes — redes sociais, trabalho, compromissos. Cria lembretes (um post-it no frigorífico ou uma nota no telemóvel) que te recordem o teu “porquê”.
Sê consistente.
A mudança exige consistência. Sem ela, nada se transforma.
Repete.
Porque somos aquilo que fazemos repetidamente. Se queres mudar, repete, ajusta e continua. O hábito constrói-se na prática diária.